Há uma grande ilusão na afirmação de que somos semelhantes.
Ninguém é semelhante a alguém.
Todos e cada um de nós humanos na Terra somos totalmente diferentes uns dos outros. Cada um de nós tem uma configuração energética totalmente única, uma frequência vibracional única, e isso funciona como a nossa impressão digital. Isso afeta a forma como pensamos, sentimos, criamos.
Não há um ser humano igual a outro. Todos somos muito diferentes.
O que ocorre é que nós aprendemos a crer que somos parecidos com alguém, seja um familiar, ou um amigo, ou conhecido, ou alguém que amamos muito. Gostamos de nos reconhecer parecidos com alguém.
Afinal, se nos sentimos diferentes, precisamos entrar em contato com essa diferença, precisamos descobrir quem somos, como pensamos, como funcionamos.
E depois de descobrir quem somos precisamos lidar com o fato de que somos diferentes, cabendo a cada um sustentar e expressar quem verdadeiramente É. Um não pode auxiliar o outro a se descobrir. Cada um precisa acessar sua própria biblioteca interior.
É quando o que deveria ser muito simples e fácil se torna muito complicado, pois todos ou a grande maioria tem um programa mental que exige padronização, que cuida para que a frequência real não seja expressada.
Dessa forma, todos exigem de todos certos padrões de comportamento.
É quando se torna importante acreditar que se é semelhante a alguém. E em prol dessa necessidade os humanos procuram semelhanças uns nos outros.
Reproduzem comportamentos uns dos outros.
E quando não conseguem ou não suportam mais reproduzir esses padrões, começa a dor.
A dor da falta que cada um faz a si mesmo.
A dor da falta de expressão do próprio Ser, da própria frequência essencial.
A crença nas semelhanças gera o preconceito. Por que a maioria se sente semelhante e não se reconhece como um Ser humano totalmente único, existe o preconceito.
À medida que se acredita que é preciso ser semelhante, também se exclui o que não é semelhante, o que não se adequa aos padrões mentais pré determinados, pré programados em cada um.
O preconceito inicia em cada um e se estende para os demais, de modo que o preconceito perpetua a ordem para ser adequado a uma determinada semelhança.
O preconceito começa quando um ser humano não se aceita exatamente como Ele É.
A falta de aceitação e conhecimento de que é único em todo o universo, e a auto cobrança para uma adequação, geram a negação de si mesmo, e consequentemente geram a não aceitação das diferenças dos demais.
Se um ser humano acredita que não pode ser ele mesmo, exatamente como É, ou se ele sequer imagina que é único em todo o universo, esse Ser Humano vai cobrar de si mesmo adequação ao padrão de Ser Humano perfeito para cada meio onde vive, e vai exigir o mesmo dos demais.
Dessa forma, é fato dizer que pedir respeito em defesa das diferenças não é algo que vai solucionar o preconceito. Ele vai continuar existindo, por que existe dentro de cada um.
Pode servir de regra para fazer parar a agressividade dos inconscientes. E é uma medida necessária, pois não se pode admitir que uns agridam os outros por falta de aceitação de sua humanidade.
Mas uma regra é apenas algo pelo qual os seres humanos respeitam pelo medo da punição. Não é algo que traz consciência e cura para os seres humanos.
A cura virá quando um a um for despertando para o fato de que são totalmente únicos e perfeitos como são.
A cura virá quando começarem a expressar suas qualidades inatas sem medo de serem rejeitados por que não são iguais e tampouco semelhantes uns aos outros.
A cura virá quando pararmos de exigir semelhança uns dos outros.
Somos todos um só corpo universal, mas cada um de nós é uma molécula totalmente única deste corpo.
Pare um pouco e medite sobre essas palavras. Sinta em seu coração se fazem algum sentido para ti.