Todos nós temos uma criança interior. Mesmo depois de adultos essa criança, que gosto de chamar de nossas crianças, por que são muitas de muitas idades, muitos tempos, que moram em nós e esperam para serem ouvidas e acolhidas.
Quando crianças somos puros em essência, e trazemos para esse mundo o amor essencial para ser ancorado aqui. Temos nosso jeito especial de fazer as coisas, de sentir, de criar.
Normalmente aprendemos desde pequenos que não podemos expressar tudo o que pensamos e sentimos, e que também não podemos fazer tudo o que queremos.
Essas mensagens são tão maciças que chegamos até mesmo a esquecer quem realmente somos, e passamos a viver de acordo com o que aprendemos, e não através do nosso próprio impulso de viver, nossa própria guiança.
Nesse processo de aprendizado para viver de acordo com a aceitação do meio em que vivemos, acabamos sufocando nossas crianças interiores e construindo muitas paredes, couraças de defesa para nos defender desse mundo “hostil” que nega nossas qualidades inatas e nos impõe regras absolutas de como ser aceito e como ser amado e obter as necessidades básicas para a nossa existência.
Não bastasse o mundo ao nosso redor exigindo adequação, há ainda nós mesmos como adultos impondo a nossas crianças interiores que elas “se comportem”, não se mostrem, não se manifestem. Na verdade aprendemos a ter medo de certos aspectos nossos que amedrontavam nossos pais, nossos professores, enfim, as pessoas com quem convivíamos quando crianças.
Dessa forma, todos acabamos nos tornando um exército de robôs, que tementes por não receber o suficiente para a sobrevivência negamos quem realmente somos para sermos o que nos foi imposto pelas pessoas que nós acreditamos que detém o poder de nos dar o que precisamos.
No entanto, nosso SER grita constantemente por socorro. Grita quando entramos em estresse, quando não conseguimos estar presentes nas situações diárias e agir de forma harmônica. Nosso corpo grita criando dores que não encontram origem física. Ele grita para que possamos perceber o quanto estamos fazendo falta a nós mesmos, o quanto estamos negando nossa própria natureza.
Nosso Ser grita quando nos é exigido agir contra o desejo da nossa alma, contra nossos pré acordos, contra nossa própria vida, e inconscientemente nós aceitamos essas exigências como necessárias à nossa sobrevivência.
O mais grave no entanto, é que quando nossa criança interior não pode expressar tudo o que ela é (e isso quer dizer que você não pode se expressar completamente) ela se ausenta da nossa vida, se esconde.
Assim, uma parte nossa não é manifestada, e em momentos que exigem mais de cada um de nós, naquelas situações que tocam essa criança ferida, nós nos ausentamos, ficamos distante do corpo, e não conseguimos agir, ficamos paralisados.
Estar desconectado de sua criança interior lhe tira o poder sobre sua própria vida, sobre sua abundância, e sujeita você a viver aprisionado, sem encontrar uma saída que lhe permita SIMPLESMENTE SER, relaxar confiando que tudo está em mãos sempre.
Saiba que você é um SER abundante por natureza. Nada pode faltar para você, desde que você assuma totalmente seu lugar no seu corpo, manifestando tudo o que você É, simplesmente sendo.
Não é necessário nenhum esforço para isso, não é necessário seguir qualquer regra ou receita, mas é necessário redescobrir a si mesmo, resgatar as crianças interiores feridas, para poder fazer contato com suas qualidades e ferramentas divinas inatas.
Somente você pode fazer essa jornada de auto resgate. Você pode empreender essa jornada. Precisa simplesmente querer, e assumir cada passo, e a responsabilidade por toda a sua vida.
Você tem muito suporte para isso, faz parte desse tempo assumirmos o nosso lugar no nosso corpo, na Terra, no Universo.