Há um equívoco em nossa sociedade quando falamos sobre amor em família.
Na verdade o que as pessoas costumam conhecer não é amor, mas respeito.
Não aquele respeito que nasce expontaneamente, mas o respeito que é exigido por que os laços de família existem.
Onde há amor expressado nenhuma forma de controle é necessária, o medo é totalmente ausente.
Mas onde não há amor expressado é preciso haver respeito, regras, medo, por que as pessoas estão totalmente fora de si mesmas, elas não tem contato com sua essência divina, com seu amor próprio, então elas não podem dar amor, receber e perceber o amor do outro também.
Assim, onde há medo não há expressão de amor, e onde há amor não há expressão de medo.
Muito simples.
Mas normalmente bem difícil de perceber.
Então nas famílias é onde acontecem os maiores equívocos. Ou os pais desde bem cedo ensinam várias regras comportamentais e de respeito, e exigem que os filhos as cumpram, ou os pais não ensinam nada para os filhos, deixando que eles façam tudo o que quiserem, dando tudo o que eles pedem, e a relação passa a ser uma relação de ganhos e perdas. Em ambas as situações há falta de contato amoroso. Falta perceber a criança e aquilo que ela trouxe para expressar neste mundo. Falta receber o amor, falta amar e ser amado. Falta, falta, falta.
No entanto, as pessoas pensam que dão tudo, fazem tudo o que precisam fazer. Elas fazem, elas dão. Percebe onde está a falta?
Fazer e dar algo não são verdadeiramente perceber o amor, dar e receber esse amor.
Fazer e dar algo não são verdadeiramente permitir a expressão de um e de outro. Do adulto e da criança.
E as pessoas costumam dizer que não sabem como fazer e o que fazer, que é muito difícil saber como lidar com as crianças.
É difícil por que não há o que fazer, não há algo para dar, não há o que controlar.
Há simplesmente o amor para perceber, dar e receber. Ele estará sempre ali, esperando para ser acionado, para ser vivido.
Todo o resto que as pessoas experimentam nas relações são apenas defesas que geram medo, raiva, rancor, dor que paralisa o SER, que impede cada um de fluir neste mundo com os dons divinos que trouxe consigo.